É possível evitar a catarata nos animais de estimação?

Publicado: 14 de abril de 2014 em NOVIDADES
Cachorro_catarata_370 Antigamente, as enfermidades oftalmológicas dos pets eram subestimadas – a perda    de visão era encarada como algo “normal”, decorrente da idade avançada, mas hoje,  o animal de estimação faz parte da família, portanto, recebe o tratamento que        receberia um parente.
Assim, atualmente a oftalmologia constitui um importante ramo da Medicina  Veterinária, sendo comum e frequente a ocorrência de afecções oculares nas  espécies domésticas. O diagnóstico das oftalmopatias baseia-se em: histórico  completo, obtido através das informações relatadas pelo proprietário; exames  sistêmico (geral) e oftálmico do paciente, bem como aplicação de testes  diagnósticos.
Das doenças que causam cegueira em animais, a catarata é a mais frequente. A  doença provoca opacidade da lente, conhecida como cristalino, e dificulta a  passagem de luz até a retina.
Os gatos levam vantagem, uma vez que a doença é rara em felinos. Porém, nos cães, é uma das doenças mais frequentes, principalmente nas raças Poodle, Cocker (Americano e Inglês), West Highland White Terrier, Schnauzer, Golden, Labrador, Maltes, Lhasa Apso e Afghan Hound.
Em casos de traumas, diabetes, tumores intraoculares, problemas congênitos, inflamações intraoculares severas (uveites), contato com substâncias tóxicas, tanto cães como gatos podem desenvolver catarata.
Independentemente da causa, quanto mais cedo a catarata for diagnosticada e tratada, melhores são as possibilidades de resultados. Por isso, animais de raças predispostas devem, desde cedo, realizar consultas periódicas com um oftalmologista veterinário para realizar exames clínicos específicos.
Na fase inicial, a catarata pode passar despercebidamente aos olhos do dono do animal. Fique atento a mudanças na movimentação do cachorro, como tropeços constantes. Eles podem ser alertas de que algo não vai bem com a visão do seu pet. A modificação na cor das pupilas, que podem se mostrar esbranquiçadas ou azuladas, também são fáceis de se perceber.  A qualquer sinal de desconforto, como olhos vermelhos, excesso de lágrimas, coceira, secreção ocular ou dificuldade de enxergar, o veterinário deve ser procurado.
O tratamento é cirúrgico. A técnica mais usada nos dias de hoje é a facoemulsificação, que destrói o cristalino comprometido, liberando a passagem de luz e devolvendo a visão aos animais.
Nos casos em que a retina está muito comprometida, mesmo após a cirurgia o animal pode não voltar a enxergar. Mesmos nestes casos, a cirurgia é indicada para evitar a evolução da doença, que pode resultar em complicações ainda mais graves, como a perda dos olhos.
Não existem comprovações científicas de que o tratamento clínico da catarata pode retardar o desenvolvimento da doença nos animais. Por isso, a importância da prevenção e do diagnóstico precoce também para os pets.

Fonte: Saúde Visual

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